Arrecadação federal sobe 12% em fevereiro e bate recorde para o mês
No acumulado do primeiro bimestre, aumento foi de 8,8% e valor recolhido também foi o maior da série histórica
A arrecadação do governo
federal com impostos cresceu 12% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do
ano passado, e atingiu 186,522 bilhões de reais, de acordo com os dados
divulgados na manhã desta quinta-feira, 21, pela Receita Federal. O aumento já
considera os ganhos acima da inflação, e o valor é o maior já registrado para o
mês desde pelo menos 1995, primeiro ano completo da vigência do Plano Real e
quando começa a série da Receita.
No acumulado do primeiro
bimestre — que inclui o resultado também recorde de janeiro —, a arrecadação
somou 467,2 bilhões de reais, aumento de 8,8% acima da inflação — e um
resultado também recorde para o período.
O crescimento foi ajudado,
em boa parte, pelas medidas arrecadatórias que vieram sendo implementadas pelo
Ministério da Fazenda ao longo do ano passado, como a tributação dos fundos
exclusivos e no exterior: o Imposto de Renda sobre capital, que capta essas
taxações, cresceu 58% em fevereiro na comparação anual, para 11,1 bilhões
reais.
O crescimento dessa rubrica,
apontou a Receita, é explicado pela arrecadação extraordinária de 4 bilhões
neste mês. Ela se deve aos ganhos iniciais do governo com a medida aprovada no
final do ano passado que passou a taxar os chamados “fundos dos super-ricos” e
deve ser passageira, já que uma parte dessa taxação foi cobrada sobre os
rendimentos que esses fundos já tinham acumulados até 2023, com o pagamento
parcelado em até quatro vezes. São essas quatro parcelas que estão caindo,
desde dezembro, na conta do governo.
Entre os destaques do mês
que estão ligados a uma melhora da atividade — e não a cobranças
extraordinárias — está a coleta do PIS/Pasep e da Cofins, que cresceu 21,4% e
somou 39,1 bilhão em fevereiro. “Esse desempenho é explicado pelo aumento real
de 6,80% no volume de vendas do comércio e de 4,5% no volume de serviços entre
janeiro de 2024 e janeiro de 2023 (dados mais recentes do IBGE), e pelo
acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, trazido pela
retomada parcial da tributação do referido setor”, apontou a Receita em
relatório.
O mercado de trabalho aquecido e os salários em crescimento também foram apontados como fatores que ajudaram na arrecadação previdenciária, que somou 50,4 bilhões em fevereiro e cresceu 4,74% ante fevereiro do ano passado, considerado o aumento acima da inflação.
Fonte: Vitrine do Cariri
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