Mato Grosso se mantém como maior produtor de grãos do país em 2024
Estado deve colher 85,7 milhões de toneladas de grãos
Mato
Grosso se mantém como pilar na produção agrícola nacional e deve alcançar 85,7
milhões de toneladas, mesmo com a redução de 15% em relação à safra recorde
registrada em 2023. As informações são do 8º Levantamento da Safra de Grãos
2023/2024, divulgado nesta terça-feira (14.05) pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
A produção do Estado é equivalente à produção inteira dos três estados do sul
do país, que devem colher 85,6 milhões de toneladas.
No
caso da soja, cuja colheita encerrou no fim de abril, Mato Grosso deve colher
38,4 milhões de toneladas, 15,8% menor do que na safra passada, que alcançou
45,6 milhões toneladas da oleaginosa. A área plantada aumentou em torno de 100
mil hectares, atingindo 12,1 milhões de hectares plantadas nesta temporada.
“É
importante ressaltar que mesmo com essa redução na produção, Mato Grosso
continuará contribuindo significativamente para o cenário global. Superando
assim, a soma das safras combinadas de importantes países produtores como a
Bolívia, Ucrânia, Rússia, Canadá e Paraguai juntos, ou ainda, mais que a Índia
e China juntos. Desse modo, o Estado consolida-se como o 4º maior produtor de
soja do mundo”, apontou o coordenador do Centro de Dados Econômicos de Mato
Grosso (DataHub), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec),
Vinicius Hideki.
A
produção de Mato Grosso é 1,16 vezes maior do que a soma das produções da
Bolívia, Ucrânia, Rússia, Canadá e Paraguai juntos. Além disso, é 1,20 vezes
maior do que a produção combinada da China e Índia.
Conforme
Vinicius, esses números destacam não apenas a resiliência e a capacidade
produtiva de Mato Grosso, mas também sua relevância no contexto agrícola
internacional, alimentando a população mundial e impulsionando a economia
global com seu trabalho intenso nos campos férteis do Cerrado brasileiro.
No
caso do milho, as lavouras vêm apresentando ótimo vigor em seu desenvolvimento.
A regularidade das precipitações tem fortalecido as expectativas de uma boa
produtividade. A maioria das lavouras está na fase reprodutiva, especialmente
floração. Contudo, a produção deve ser 17,2% menor atingindo 42,4 milhões de
toneladas.
Muitos
produtores optaram em produzir o algodão (pluma e caroço) como segunda safra e
a área plantada cresceu 18,6% e atingiu 1,4 milhões de hectares. A produção
também deve ser maior do que na safra passada em 17,2%, alcançando o total de
6,3 milhões de toneladas, equivalente a 71% da produção nacional de algodão.
Efeitos
do Rio Grande do Sul
A
estimativa da Conab para a produção brasileira nesta temporada está em 295,45
milhões de toneladas de grãos. No entanto, as fortes chuvas registradas no Rio
Grande do Sul trarão impactos para o resultado final do atual ciclo.
“Não
é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no estado. Os níveis de
água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que
se faça uma avaliação mais detalhada. E vale ressaltar que neste primeiro
momento a preocupação é com as vidas e com a garantia do abastecimento, fazer
com que as pessoas atingidas pelas chuvas tenham o direito ao básico, como a
alimentação”, reforça o presidente da Companhia, Edegar Pretto.
Fonte: Débora Siqueira - Sedec
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