Receita recebe 2,2 milhões de declarações do Imposto de Renda
Fisco espera receber 43 milhões de documentos neste ano
Parte dos contribuintes aproveitou o fim de
semana para acertar as contas com o Leão. Até as 16h deste domingo (17), a
Receita Federal recebeu 2,24 milhões de declarações. Isso equivale a 5,23% das
43 milhões esperadas para este ano.
O prazo de entrega da declaração começou às 8h
de sexta-feira (15) e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. O novo intervalo,
segundo a Receita, foi necessário para que todos os contribuintes tenham acesso
à declaração pré-preenchida, que é enviada duas semanas após a entrega dos
informes de rendimentos pelos empregadores, pelos planos de saúde e pelas
instituições financeiras.
Segundo a Receita Federal, 88% das declarações
entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 6,7% terão
que pagar Imposto de Renda e 5,3% não têm imposto a pagar nem a receber. A
maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador
(72,8%), mas 16,6% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que
deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da
Receita), e 10,7% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.
Um total de 47,1% dos contribuintes que
entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida,
por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento,
bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto
simplificado representa 57,4% dos envios.
Novo prazo
Até 2019, o prazo de entrega da declaração
começava no primeiro dia útil de março e ia até o último dia útil de abril. A
partir da pandemia de covid-19, a entrega passou a ocorrer entre março e 31 de
maio. Desde 2023, passou a vigorar o prazo mais tardio, com o início do envio
em 15 de março, o que dá mais tempo aos contribuintes para prepararem a
declaração desde o fim de fevereiro, quando chegam os informes de rendimentos.
Outro fator que impulsionou o recorde foi a
antecipação do download do programa gerador da declaração. Inicialmente
previsto para ser liberado a partir da última sexta-feira (15), o programa teve
a liberação antecipada para terça-feira passada (12).
Segundo a Receita Federal, a expectativa é que
sejam recebidas 43 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde
do ano passado, quando o Fisco recebeu 41.151.515 documentos. Quem enviar a
declaração depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido,
prevalecendo o maior valor.
Novidades
Neste ano, a declaração terá algumas mudanças,
das quais a principal é o aumento do limite de rendimentos que obriga o envio
do documento por causa da mudança na faixa de isenção. O limite de rendimentos
tributáveis que obriga o contribuinte a declarar subiu de R$ 28.559,70 para R$
30.639,90.
Em maio do ano passado, o governo elevou a
faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época.
A mudança não corrigiu as demais faixas da tabela, apenas elevou o limite até o
qual o contribuinte é isento.
Mesmo com as faixas superiores da tabela não
sendo corrigidas, a mudança ocasionou uma sequência de efeitos em cascata que
se refletirão sobre a obrigatoriedade da declaração e os valores de dedução.
Além disso, a Lei 14.663/2023 elevou o limite de rendimentos isentos e não
tributáveis e de patrimônio mínimo para declarar Imposto de Renda.
Fonte: Agência Brasil
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