Setor florestal de Mato Grosso fatura US$ 104,6 milhões em negócios com 61 países
Somente no primeiro trimestre de 2024 foram faturados US$ 18,3 milhões com embarques de 16,6 mil toneladas de madeira, complementa o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Estes números posicionam Mato Grosso como o quarto maior exportador de madeira brasileira.
Indústrias madeireiras de
Mato Grosso negociaram com 61 países este ano. As vendas externas de produtos
florestais neste período movimentaram US$ 104,6 milhões, destacando-se o
comércio com os Estados Unidos (US$ 16,7 milhões), Índia (US$ 13 milhões) e China
(US$ 11 milhões). Entre os itens embarcados para o exterior predominam remessas
de madeira bruta, serrada e perfilada, conforme detalhamento do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Somente no
primeiro trimestre de 2024 foram faturados US$ 18,3 milhões com embarques de
16,6 mil toneladas de madeira, complementa o Ministério da Agricultura e
Pecuária. Estes números posicionam Mato Grosso como o quarto maior exportador
de madeira brasileira.
A ampliação do
acesso dos produtos florestais de Mato Grosso para mercados consumidores,
dentro e fora das fronteiras do Brasil, vem sendo conquistada aos poucos, diz o
presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do
Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius. Em 2024, empresários de base
florestal irão representar o estado nos principais eventos nacionais e
internacionais do setor, em São Paulo e na França.
Também está
confirmada para este 1º semestre a 5ª edição do Dia na Floresta, no município
de Alta Floresta, onde será destacada a produção por meio de Planos de Manejo
Florestal Sustentável (PMFS) e realizada rodada de negócios. No ano passado, o
Cipem participou de eventos internacionais, sendo representante do Brasil na
China e Índia.
“Mato Grosso
tem 5.025 milhões de hectares de florestas manejadas e conservadas; produziu 7
milhões de metros cúbicos (m3) de madeira em 2022 e recolheu R$ 66 milhões em
impostos. É um setor importante para economia estadual, sendo o principal
gerador de receita em vários municípios. Emprega 10 mil pessoas, além de ter um
sistema de rastreamento da produção florestal (Sisflora 2.0) que é o mais
eficiente do mundo, garantindo a procedência e legalidade dos produtos
mato-grossenses”, destaca Blasius.
Em Mato Grosso,
o Cipem congrega 8 sindicatos e 523 indústrias, localizadas em 66 dos 141
municípios do Estado, empregando 12.712 pessoas. “Queremos avançar mais, no
mercado interno e internacional”, afirma Blasius.
Neste sentido,
o setor busca solucionar problemas que travam o comércio de madeira nativa,
como a demora de até 4 meses na liberação das mercadorias nos portos marítimos
brasileiros. Para agilizar as exportações locais, uma alternativa viável é o
Porto Seco, em Cuiabá, possibilitando inclusive atender estados do Norte, diz o
presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank
Rogieri.
Ampliar o
efetivo de servidores nos portos é outra solução para resolver entraves e
acelerar os embarques internacionais dos produtos florestais. “Pedimos apoio da
CNI (Confederação Nacional da Indústria) para viabilizar a normalidade das
exportações”, conclui.
Outra solução implementada em 2024 para desburocratizar, ampliar e fortalecer o comércio de madeira nativa obtida de Planos de Manejo Florestal Sustentável no Estado (PMFS) inclui o lançamento da Prática Recomendada ABNT PR 1020 – Manejo de floresta tropical nativa, norma que valoriza o manejo florestal, endossado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Com isso, haverá mais segurança para o cliente ao comprar produtos com rastreabilidade e ecologicamente sustentáveis”, pontua o presidente do Cipem.
Foto: Só notícias
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