Com menor taxa de desemprego do país, MT tem sobra de vagas de emprego no campo
Governo investe em capacitação para ampliar oferta de mão de obra qualificada
Com a menor taxa de desemprego do Brasil,
Mato Grosso tem mais demanda do que oferta de mão de obra no campo, segundo
pesquisa divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária
(Imea) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), divulgada nesta
segunda-feira (1º.07). Ações e programas do Governo do Estado ofertam
capacitação para ampliar oferta de profissionais qualificados.
A pesquisa “Mão de obra: um desafio para os
produtores rurais de Mato Grosso” aponta que 70,66% dos empresários do agro
enfrentam dificuldade para encontrar funcionários.
Para ampliar essa oferta de mão de obra
qualificada, o Governo de Mato Grosso oferece cursos gratuitos pelo SER Família
Capacita, idealizado pela primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, e
coordenado pela Secretaria Estadual de Trabalho, Assistência Social e Cidadania
(Setasc), que já formou mais de 12 mil pessoas. Também são oferecidos cursos
técnicos nas Escolas Técnicas Estaduais, sob a gestão da Secretaria de Estado
de Ciência e Tecnologia (Seciteci).
“Diferente de muitos estados que sofrem com o
desemprego, nós enfrentamos a falta de pessoas. Uma saída é trazer
trabalhadores de outros estados para ocupar essas vagas de trabalho, investir
em capacitação e em educação, ações estas que o Governo de Mato Grosso tem
realizado com cursos técnicos, investimentos nas escolas públicas, fazendo que
o Estado melhorasse os indicadores no ensino público, além dos cursos do SER
Família Capacita”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico,
César Miranda.
Conforme a pesquisa, 37% dos produtores indicaram
a necessidade de operadores de máquinas, evidenciando o problema de falta de
mão de obra no campo, tendo em vista que esse é um profissional crucial para o
desenvolvimento das operações.
Outros profissionais que são mais necessários são
vaqueiros (20,66%), profissionais de campo (10,71%), serviços gerais (10,71%),
técnicos de agricultura de precisão (4,59%), cargos de gerência (2,55%),
administrativos e financeiro (1,79%) e motorista (1,28%).
O SER Família Capacita tem vagas de qualificação
em quase todas as profissões necessárias para o campo. No caso de operador de
máquinas agrícolas foram três turmas formadas em Alto Taquari, Tapurah e uma
que deve encerrar em Barra do Garças em agosto. Para mais informações sobre os
cursos em aberto nos municípios basta acessar aqui.
A permanência no cargo também se mostrou um
problema enfrentado pelos entrevistados, devido à rotatividade significativa de
colaboradores nas propriedades do Estado. Um a cada três produtores tiveram que
buscar funcionários fixos em outros estados. Cerca de 47,59% dos produtores
rurais bonificam seus funcionários para além dos salários para mantê-los nas
propriedades.
O superintendente do Senar, José Luiz Martins
Fidelis, disse que está buscando diálogo junto ao Governo do Estado para criar
meios e mecanismos para atrair pessoas de outros estados para se mudarem a Mato
Grosso e trabalhar. Ele também destacou que o governo Mauro Mendes tem
devolvido aos produtores parte dos recursos do Fethab com investimentos em
infraestrutura.
“O Governo tem feito a parte dele. Contudo, a
falta de mão de obra é um problema bom que nós temos, pois o Estado tem muito
emprego, isso é graças também à força do agronegócio. Precisamos qualificar
mais pessoas, pois seja nas lavouras de grãos ou na pecuária tem se tornado
cada vez mais tecnificado”.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, disse
que o estudo é fundamental para conhecer a realidade do agronegócio e buscar
soluções para resolver o “apagão” da mão de obra no Estado, mostrando a demanda
de profissionais mais necessários no campo.
“Nosso Estado está crescendo e por isso essa
necessidade de trazer pessoas de outros estados. O Governo tem feito a parte
dele, com investimentos em pavimentação asfáltica para algumas regiões que não
tinham e incentivado e facilitado a opção dos produtores fazer a transição de
pastagens degradadas em área de agricultura, que exige um transporte melhor.
Isso tem criado novas demandas de mão de obra. Vejo como um bom problema e
temos que atrair mão de obra de outros Estados para suprir essa lacuna”, afirmou.
A pesquisa ouviu 392 produtores rurais, incluindo
agricultores e pecuaristas de todas as sete macrorregiões do Estado.
Fonte: Notícia Max
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