Ferrogrão: secretário do MT diz que projeto conseguiu avançar
Com um custo estimado em R$ 28 bilhões, a Ferrogrão visa a conectar o Porto de Miritituba, no Pará, ao município de Sinop, em Mato Grosso, abrindo um novo corredor para o escoamento da produção agrícola.
O
secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, utilizou
uma rede social para abordar o recente adiamento das negociações em torno da
Ferrogrão, um projeto de ferrovia com potencial para impactar áreas indígenas
protegidas. Em seu comunicado, Santoro enfatizou avanços na escuta das
comunidades originárias, refutando informações contrárias divulgadas nas redes
sociais e destacando esse ponto como um progresso significativo.
Com
um custo estimado em R$ 28 bilhões, a Ferrogrão visa a conectar o Porto de
Miritituba, no Pará, ao município de Sinop, em Mato Grosso, abrindo um novo
corredor para o escoamento da produção agrícola. No entanto, o projeto enfrenta
contestações ambientais e legais, estando paralisado desde 2021 por ações
judiciais, inclusive uma no Supremo Tribunal Federal (STF).
Diante
das pressões de organizações não governamentais (ONGs) indígenas, o governo
federal prometeu novas rodadas de debates após manifestações recentes, o que
foi interpretado por alguns como mais um adiamento. Santoro, por sua vez,
ressaltou que o projeto enfrenta outros desafios além das questões com as
comunidades indígenas, incluindo a defasagem nos estudos econômicos, que não
incorporaram os impactos da pandemia nos custos.
O
número dois do ministro Renan Filho explicou que o traçado definitivo da
Ferrogrão ainda está em processo de definição, assim como o projeto executivo e
a licença prévia ambiental. Ele enfatizou a importância do diálogo e da
atualização dos estudos para a construção responsável da ferrovia, destacando a
complexidade do projeto, que exigirá tempo e envolvimento de diversos setores
da sociedade.
George
Santoro também salientou o papel do governo em destravar o processo no STF para
atualização dos estudos e resolver questões pendentes, como o uso de terras
indígenas, uma medida implementada por Medida Provisória no governo anterior.
Ele antecipou que a atualização dos estudos será divulgada em breve, reforçando
a necessidade de um diálogo contínuo e responsável para o desenvolvimento do
projeto Ferrogrão.
Fonte:
Cenário MT
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