Preços caem 0,02% em agosto, na primeira deflação do ano

Dois grandes grupos registraram queda e puxaram o índice geral para baixo, Alimentação e bebidas, e Habitação. Com isso, o país tem uma inflação acumulada de 4,24% em 12 meses


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços caíram 0,02% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste mês, dois grandes grupos tiveram queda, puxando a primeira deflação de 2024. O grupo Alimentação e bebidas registrou queda de 0,44% em agosto, contribuindo para recuo de 0,09 ponto percentual (p.p.) do índice geral. Já em Habitação, a baixa foi de 0,51% e redução de 0,08 p.p. (saiba mais abaixo)

Assim, o resultado geral de julho representa uma desaceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado de julho teve alta de 0,38%. Em agosto de 2023, os preços haviam subido 0,23%.

O país tem, portanto, uma inflação acumulada de 4,24% em 12 meses, dentro do intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado do ano, a alta é de 2,85%.

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

Alimentação e bebidas: -0,44%;

Habitação: -0,51%;

Artigos de residência: 0,74%;

Vestuário: 0,39%;

Transportes: 0,00%;

Saúde e cuidados pessoais: 0,25%;

Despesas pessoais: 0,25%;

Educação: 0,73%;

Comunicação: 0,10%.

 

Alimentos em queda

O grupo Alimentação e bebidas registrou seu segundo mês consecutivo de quedas, puxado novamente pelo subgrupo Alimentação no domicílio (-0,73%). Ali estão presentes os alimentos in natura, que tiveram problemas no início do ano pelas complicações climáticas.

O IBGE destaca as quedas de preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). Entre os subitens que tiveram alta no mês, estão o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

A Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,33%, mas o avanço foi ligeiramente menor do que no mês de julho (0,39%). O lanche desacelerou de 0,74% para 0,11% em agosto. A refeição passou de 0,24% para 0,44%.

Já o grupo Habitação foi influenciado por uma forte deflação da energia elétrica residencial. A conta de luz teve queda de 2,77% no mês, por conta da bandeira tarifária verde.

O IBGE também destaca reajustes tarifários para baixo em zonas de abrangência da pesquisa, como Porto Alegre (-0,69%), Vitória (-1,49%), São Paulo (-3,07%), São Luís (-4,52%) e Belém (-5,63%).

Fonte: G1


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