Arroba do boi mantém estabilidade, mas pressão pode voltar em maio
Até a primeira quinzena de maio, com a proximidade do Dia das Mães, os preços devem permanecer estáveis
O mercado físico do boi
gordo permaneceu estável na maioria das praças de comercialização do Brasil na
última semana.
De acordo com
Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a pressão de queda nas
cotações diminuiu devido ao volume satisfatório de chuvas no centro-norte do
país.
“Essas
condições permitem que os pecuaristas mantenham o gado por mais tempo no
pasto”, diz.
Entretanto,
Iglesias alerta para uma mudança no clima esperado para maio e junho, indicando
uma diminuição das chuvas, o que pode fazer com que os pecuaristas percam a
capacidade de controlar o ritmo de negócios.
“Isso poderia
contribuir para o retorno da pressão de oferta no ciclo final de safra,
resultando na redução dos preços da arroba”, afirma.
Iglesias
acredita que, até a primeira quinzena de maio, com a proximidade do Dia das
Mães, os preços da arroba devem permanecer estáveis ou se fortalecerem, mudando
de patamar após esse período.
“Apesar da
oferta mais ajustada neste momento, os frigoríficos também demonstram
tranquilidade em relação às intenções de compra, mantendo escalas de abates
fechadas de sete a dez dias úteis”, explica.
Preços a arroba do boi gordo:
São Paulo (Capital): R$ 230 a arroba, estável em relação à semana anterior.
Goiás (Goiânia): R$ 215 a arroba, sem alterações em comparação com a semana
anterior.
Minas Gerais (Uberaba): R$ 225 a arroba, sem mudanças em relação à semana
passada.
Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 225 a arroba, estável em comparação com a
semana passada.
Mato Grosso (Cuiabá): R$ 214 a arroba, sem alterações em comparação com os
valores praticados na semana anterior.
Atacado
No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis ao longo da semana, com
o quarto traseiro do boi cotado a R$ 18 por quilo e o quarto dianteiro a R$ 14
por quilo.
Iglesias expressa
preocupação com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a
segunda quinzena do mês, além do cenário desafiador para a carne de frango, que
ainda enfrenta um excesso de oferta no mercado doméstico.
Exportações
Quanto às exportações, em abril, as exportações de carne bovina fresca,
congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 470,828 milhões, com uma média
diária de US$ 47,082 milhões em 10 dias úteis.
A quantidade
total exportada chegou a 104,326 mil toneladas, com uma média diária de 10,432
mil toneladas, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 4.513.
Em comparação
com abril de 2023, houve um aumento de 61,2% no valor médio diário da
exportação, um ganho de 70,6% na quantidade média diária exportada e uma
desvalorização de 5,5% no preço médio.
Fonte:
Agência Safras
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