Fiemt destaca regulamentação de lei que fortalece indústria da mineração
A nova legislação, que deriva da Lei Complementar Nº 788/2024, busca equilibrar a necessidade de extração mineral com normas que garantem a conservação ambiental
A
publicação do Decreto Nº 1.058, de 02 de outubro de 2024, no Diário Oficial do
Estado de Mato Grosso, marca um momento estratégico para o setor de mineração.
A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) reconhece a relevância da
medida, que regulamenta o licenciamento ambiental para atividades minerárias
que envolvem a supressão de vegetação.
A
nova legislação, que deriva da Lei Complementar Nº 788/2024, busca equilibrar a
necessidade de extração mineral com normas que garantem a conservação
ambiental.
O
decreto permite a realocação da reserva legal em imóveis rurais onde ocorra a
mineração, sempre que não houver uma alternativa locacional. No entanto, exige
contrapartidas ambientais rigorosas, como a compensação de 10% a mais na área
de reserva legal realocada e medidas adicionais, como a criação de Reservas
Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) ou a doação de áreas preservadas ao
estado.
Segundo
o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o setor de mineração é uma área essencial
no desenvolvimento do estado. “A mineração é uma atividade essencial para a
economia de Mato Grosso e precisa ser assim reconhecida e respeitada. Essa lei
reforça a importância do setor e seu compromisso com conservação ambiental”,
destaca.
Com
a aprovação da legislação, afirma Rangel, o segmento segue fortalecido,
assegurando seu papel de destaque na geração de empregos e receitas, mas com um
compromisso renovado com o meio ambiente. “A implantação de áreas protegidas e
o uso de tecnologias mais limpas indicam que o futuro da mineração pode ser
mais sustentável, unindo desenvolvimento econômico e conservação ambiental.”
A
presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Calcário do estado de
Mato Grosso (Sinecal), Kassie R. Riedi Queiroz, também comemora. "A
possibilidade de realocar a reserva legal e ainda ampliar em 10% essas áreas
protegidas é uma inovação importante, que viabiliza o desenvolvimento
sustentável da mineração. Isso significa que podemos continuar gerando empregos
e riquezas, enquanto expandimos as áreas preservadas e garantimos a regeneração
das áreas impactadas. Esse equilíbrio é essencial para o futuro da mineração em
Mato Grosso", afirma.
Diretor
do Sinecal e vice-presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira destaca as vantagens
econômicas e ambientais para o estado e agrade o apoio do deputado estadual
Carlos Avallone na defesa do projeto. “Temos ganhos econômicos com a liberação
de jazidas e ainda um ganho ambiental, que na compensação amplia em 10% a
necessidade da área”, frisa.
A Secretariua de Estado de meio Ambiente (Sema) detalhará os procedimentos previstos no presente decreto, em instrução normativa, no prazo de 60 dias, sem prejuízo de serem realizados de imediato os requerimentos e análises dos processos administrativos.
Fonte: Notícia Max
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