Prévia da inflação desacelera pelo 4º mês seguido, mas preços da energia elétrica têm alta
No ano, IPCA-15 acumula alta de 3,15% e, em 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses anteriores
A prévia
da inflação oficial do país voltou a desacelerar e ficou em 0,13% em
setembro, mostram dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) nesta quarta-feira (25). O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15) teve uma queda de 0,06 ponto percentual em relação a
junho, quando marcou 0,39%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O
IPCA-E, o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 0,62%, acima da taxa de
0,56% registrada em igual período de 2023.
Para
efeitos de comparação, em setembro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,35%.
Dos
nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro.
A maior variação e o maior impacto positivo vieram do setor de
habitação (0,5%). Já alimentação e bebidas (0,05%), grupo de
maior peso no índice, registrou aumento de preços após dois meses de queda.
As
demais variações ficaram entre o recuo de 0,08% de transportes e o
aumento de 0,32% em saúde e cuidados pessoais.
Alta
da energia elétrica
No
grupo Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que
passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira
tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro.
O
IBGE destaca, ainda, a alta da taxa de água e esgoto (0,38%), que decorre dos
seguintes reajustes tarifários: redução média de 0,61% em São Paulo (-0,15%), a
partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (3,02%), a partir de 1º de agosto;
e de 8,05% em Fortaleza (5,23%), a partir de 5 de agosto.
O
resultado do subitem gás encanado (0,19%) decorre do reajuste de 2,77% no Rio
de Janeiro (1,43%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das
faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-2,01%), também a partir de 1° de
agosto.
Gasolina
e etanol em queda
No
grupo transportes (-0,08%), o resultado foi influenciado pela gasolina
(-0,66%). Em relação aos demais combustíveis (-0,64%), o etanol (-1,22%) também
recuou, enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%)
apresentaram altas.
Em
setembro, as passagens aéreas tiveram alta de 4,51%. No ano passado, os bilhetes
aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre
janeiro e dezembro de 2023.
Por
região
Quanto
aos índices regionais, sete áreas de abrangência tiveram alta em
setembro. A maior variação foi observada em Salvador (0,35%), por
conta da alta da gasolina (2,17%) e do gás de
botijão (3,04%). Já o menor resultado foi em Recife (-0,37%),
que registrou queda nos preços da gasolina (-4,51%) e
da cebola (-31,8%).
Moradores
de Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Curitiba e São
Paulo também sentiram impacto dos preços em setembro, já que tiveram reajustes
acima da média brasileira.
Para
o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de agosto a 13
de setembro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de
julho a 14 de agosto de 2024 (base).
Fonte: R7
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